quinta-feira, 11 de junho de 2009

E assim meio que sem querer você deixa de sentir o vento, deixa de sentir a brisa, deixa de sentir o vento da esperança, o vento da saudade, o vento da paixão ... uma pena, mas aquele sentimento enlouquecedor se aquieta ali dentro, fica mansinho, como maré baixa as ondas fortes se vão...
Você olha para a imensidão, para o mar do amor encontra muitas águas de carinho, de emoção, de cumplicidade, de felicidade, mas a água que faz sentir vida, esta nunca mais você sentiu, nunca mais sentiu a emoção de respirar o mar e sentir o coração pulsar forte...
Contradição e emoção, o mar não acaba, traz muita paz, muita vontade de viver ali, a vida toda admirando a imensidão... não tenho vontade de ir embora, mas não sinto que sem o mar me faltará o ar, não sinto que vou naufragar, talvez esteja errada. Sinto que o mar me faz bem, mas em um barquinho simples vou navegando devagar sem rumo, sem perigo algum, sem sentir a emoção das ondas, em uma maré fraquinha vou navegando sem saber o rumo, sem saber se chegando do outro lado da praia serei feliz, se realmente navegar neste mar ainda é meu desejo...
Enquanto navego neste mar de paz, me pergunto onde foi parar meus sonhos? Aquela vontade desmedida de sair nadando mar a fora sem pensar no perigo de se afogar? Ficou tudo assim, calculado, planejado, sem risco, sem viver a imensidão que o mar tem a oferecer fico aqui na areia sentindo a água bem rasa, só até os pés enquanto poderia me afogar nessas águas e sentir o sal, sentir a emoção de banhar todo meu corpo, toda minha alma, fico aqui observando...